Nada mais distante da verdadeira grandeza que a megalomania, mania de grandeza típica de Satanás – que pensou ser maior que Deus – e da modernidade, parideira do iluminismo, do materialismo, do liberalismo e do comunismo e de todas as demais desgraças sucedidas até o presente. Diz um velho ditado que a maçã não cai longe da árvore.
Que é o homem moderno com seu materialismo senão uma casca enfeitada com o material mais precioso, mas fraca e vazia. Faz-se igual à figueira relatada por São Marcos em seu Evangelho (cf. Mc XI, 13-14): tão bonita e majestosa com suas folhas, mas sem figos. Árvore de aparência tão enganosa como o homem moderno, criado para ser um megalômano e ostentar uma grandeza que não possui.
É a sociedade onde os hospícios tratam os sãos e estimulam os loucos; criam a insanidade ao invés de saná-la. O mundo moderno é a definição do bizarro, verdadeira peça de teatro macabra e de péssimo gosto.
Na grotesca e monstruosa sociedade em que vivemos, a Quarta-feira de Cinzas vem para anunciar ao homem moderno que do pó ele veio e ao pó voltará. De fato, é uma lembrança desagradável para um ser tão depravado e animalesco quanto o homem moderno, que cede às mais baixas paixões e instintos desordenados; que soberbamente põe-se nas alturas mais elevadas.
Enquanto a megalomania eleva o homem à grandeza que não possui, a simplicidade do pó o rebaixa ao que ele realmente é. É o contraste da Cruz, onde o símbolo da morte tornou-se a via da salvação.
Nesta Quarta-feira de Cinzas, dia santo em que iniciamos a Quaresma, que grite a consciência daquilo que realmente somos, para que a nossa escolha não seja o engrandecer da modernidade, mas o diminuir da Cristandade.
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